Vim pra cobrar o que vocês roubaram de Zumbi O seu sorriso pode pá não vai mais me seduzir A escola não contou agora eu vou narrar Descobriram o Brasil, ah não mais me enganar O hino que vocês impõem não tem nada a ver com o povo A minoria vive bem e a maioria tipo rato no esgoto Nos aprisionaram nas favelas decretaram a miséria E jogam nas celas pode pá aqueles que se rebelam O mãe gentil cadê o carinho? Onde tá o amor? Mais amor, menos bala, em nome do senhor O braço é forte, mas cadê o penhor da igualdade Cadê a justiça? Onde tá a paz e a liberdade? Bomba de gás lacrimogêneo, muita raiva bala de borracha O cão pastor alemão é a raça que ainda estraçalha Eu sei conheço bem a sua bondade e gentileza Com os brancos que a nossa custa construíram sua riqueza Terra gentil que se abriu e o sangue do preto e do índio engoliu O que o navio negreiro trouxe você consumiu E os preto que reagiu foram jogado nos troncos As águas que vocês se deleitam é o ajuntar do nosso pranto O sangue ecoa na terra o sangue clama no mar Tá no céu tá no ar ouço o chicote estralar Corta a pele, rasga a carne, faz a alma sangrar Justiça! Justiça! Ó pátria amada quem vai pagar pelos meus sonhos Que foram estuprados? Pelos meus punhos acorrentados Pelos que foram escravizados, injustiçados Quem vai pagar a nossa indenização Olho por olho, dente por dente, seria uma opção Ó pátria idolatrada, salve, salve, Brasil Por Deus olhe por nós o monstro que você já viu A miséria é perpétua, a riqueza é perpétua A elite não presta do nosso sangue fez festa PT, psdb é a peste que se espalhou A corrupção chegou pelo Brasil se alastrou O que Portugal começou os políticos dão sequência O cidadão comum é quem sofrem as conseqüências Homens sem caráter que governam só pros seus Se esqueceu que vai ter que prestar contas a Deus O sangue do povo jorrar a sociedade sempre omissa Só Jesus pra saciar a minha sede de justiça O sangue ecoa na terra o sangue clama no mar Tá no céu tá no ar ouço o chicote estralar Corta a pele, rasga a carne, faz a alma sangrar Justiça! Justiça! O navio negreiro é moderno agora é Duster e Hilux Deus não aprova tá de fora, mas o demônio é o cúmplice O capitão do mato tá fardado anda bem armado Fuzil, ponto quarenta é a clava forte usado Morte no futuro muito choro no passado Lançado no mar das profundezas foram enterrados E os que sobraram prosseguem na extrema escravidão Deitados eternamente nos becos e nos lixão Ao som dos tiros e a luz da lanterna do PM Quem não deve não teme treme todos têm antecedentes É descendentes de Dandara de rosa park e de king E a cor que a alma imprime na pele esse é o crime Amarildo representa a situação dos pretos do Brasil Quantos tiros só os ratos sabem, mas sabemos quem sumiu Preto, pobre, nordestino, tratado que nem animal no abate Burguesia, devolvam o que roubaram seus covardes O sangue ecoa na terra o sangue clama no mar Tá no céu tá no ar ouço o chicote estralar Corta a pele, rasga a carne, faz a alma sangrar Justiça! Justiça!