Martinho da Vila

Benzedeiras Guardiãs

Martinho da Vila


As rezadeiras usam
Águas da chuva e do rio
Curam as dores do corpo
Cisco no olho, espinhela caída

As benzedeiras vão
Com fé na oração
Curando nossas feridas
Como obaluaê

As rezadeiras quebram
Quebranto, mal olhado
Males que vem dos ares
Nervos torcidos, ventres virados

As benzedeiras são
As estrelas das manhãs
As nossas anciãs
Nanás buruguêis

Afastam a inveja
E o mal olhado
Com suas forças
Com suas crenças
Com suas mentes sãs

As rezadeiras são
As nossas guardiãs
Por dias, noites, manhãs
Nanás

Estaca canção é uma oração
Para as benzedeiras
Do coração mando este som
Para as rezadeiras

As rezadeiras são
As nossas guardiãs
Por dias, noites, manhãs
Nanás