Metas, retas, setas Abstratas ou concretas Ainda não apontam a direção Velas amarelas Belas pétalas Pra adornar o seu caixão Metas, retas, setas Abstratas ou concretas Ainda não apontam a direção Velas amarelas Belas pétalas Pra adornar o seu caixão Eu tô cansado desse mundo falso Em que a vivência Já não tá valendo nada nessas ruas Tão preocupados com o tênis que calço Com minha aparência E quantos likes 'cê pegou em fotos suas Sigo refém do consumismo Ter ciência da minha dependência Não me faz menos fantoche Sou rodeado do cinismo Tento abrir os olhos de quem fecha E ainda me trata com deboche Justo, mas justo eu jovem sem causa Sem rumo, sem emprego E sem casa no meu nome Reclamando de boca cheia Várias vida alheia Que convive diariamente com a fome A minha fome é de justiça Mas não falo da Polícia Genocida que ataca meu povo preto Eu vejo sangue nessa pista Ele nem pisca, só atira e depois checa Bem vindos à lei do gueto A corregedoria passa pano Já tá todo manchado de vermelho Alguns tentam dizer que foi engano Meu filho, 'cê não é branco, olha no espelho A corregedoria passa pano Já tá todo manchado de vermelho Alguns tentam dizer que foi engano Meu filho, 'cê não é branco Metas, retas, setas Abstratas ou concretas Ainda não apontam a direção Velas amarelas Belas pétalas Pra adornar o seu caixão Metas, retas, setas Abstratas ou concretas Ainda não apontam a direção Velas amarelas Belas pétalas Pra adornar o seu caixão Pétalas de flores mortas Prefiro as do jardim