Eu sou o que sou, desde menino Trago meu destino pela mão, Queimo um novo amor em cada esquina E lavo no sereno a solidão Não me importa a rosa mais bonita Nem a lua morta em meu portão Quero ser feliz de vez em quando E num samba em fogo brando Dar descanço ao coração Trago em minhas mãos os descaminhos De tanto carinho Que ficou pra trás E colado ao peito o cavaquinho Enfeita os meus defeitos de rapaz Quero desfolhar na flor do pinho As desilusões de amor do olhar Mas, pra ser sincero, eu tenho medo De que um dia o meu segredo Vire samba popular