Estão roubando nossa casa Esvaziando a despensa Já levaram nossas mais sinceras lembranças Tomaram o poder Nos disseram como devemos ser Venderam a nossa pouca liberdade Estão chegando na cidade Quebram vidros e janelas E ainda querem nossa mais sincera Vontade de viver Eles falam outra língua Eles dizem ter um deus Que perdoa os nossos erros depois Se somos tão iguais, sentimos o mesmo Se somos diferentes, sentimos do mesmo jeito Eu vejo a dor de um pai vendo seu filho morrer Por outra pátria mal-amada que nem lhe dá o que comer Estão marchando pela rua Fazem morto o que era vivo Mas esquecem de dizer se há motivos Secaram nossos mares Pra matar a nossa sede De acreditar num novo dia Se somos tão iguais, sentimos o mesmo Se somos diferentes, sentimos do mesmo jeito Eu vejo a dor de um pai vendo seu filho morrer Por outra pátria mal-amada que nem lhe dá o que comer Estão roubando nossa alma Esvaziando nossa mente E ainda querem nossas mais sinceras desculpas Mas roubaram nosso medo Fizeram crer que ainda é cedo Nosso orgulho vence Mas a ferida não se cura Nós ganhamos e perdemos fé Como guerreiros nesse mar de fogo Nós tentamos vencer Somos negros, brancos, pobres E livre pra entender Que a justiça tarda e falha Como eu e você Magnus dhominus, miserere nostri, carpe diem. Se somos tão iguais, sentimos o mesmo Se somos diferentes, sentimos do mesmo jeito Eu vejo a dor de um pai vendo seu filho morrer Por outra pátria mal-amada que nem lhe dá o que comer Vai e segue teu caminho E esqueça essa nossa verdade Vai e segue teu destino Sem olhar pra trás