Eis em mim a questão Vem na contramão Pra dilacerar Já não sinto os pés Num chão de vapor De tanto flutuar Caio em contradição Pelo sim, pelo não Perco meu timão Pra desgovernar Já não há convés Nada a meu dispor Passo a navegar Em qualquer lugar É justamente aqui, nesse embaraço Um laço, um maço, faço esfumaçar Pra ver quem tem ou quem terá A vontade de buscar Algo que há em mim, interior, anterior ao eu que me tornei Assim tão só e assim será Não há nó pra desatar Pode ser destino Caminho de menino, uma sentinela, um ermitão Um só, um só, um só Um só, um só, um só