Se não me amas, oh mulher, para que me prendes? O teu amor, o teu afeto é meu viver Não escarneças, oh mulher, de quem te adora Não sorrias, oh mulher, do meu sofrer Tu és a causa voluntária de meus prantos Tu és a causa voluntária desta dor Hoje, zombando, tu repeles meus extremos E vais pagando com ludíbrios este amor Tu murchaste para sempre as minhas crenças Eu já não posso mais gozar o que gozei Sei que sou pobre e, olha, a um pobre não se ama E fui um louco, oh sim mulher, porque te amei Eu fecharei meu coração a teus rigores A indiferença e ao desprezo eu vou te dar Mas, juro, a ti, que espezinhaste os meus afetos A ti, cruel, não amo, oh! Não, nem hei de amar