Quanto foi da meia-noite Para o dia Que eu deixei com cortesia Minha terra, o Ceará! As foias veia, já caía pela estrada Vim marchando na picada Só na seca a matutá ah! Pro sertão do Ceará Tomara eu já vorta Tomara eu já vorta No cemitério os mortos Se alevantaram Uns aos outros perguntaram Que eu haverá de querer? Nas catacumbas, os defunto Inté gemia No céu as coruja ria Eu mesmo não sei porque ah! As santa fêmea na igreja Já chorava! Os santos macho, me olhava Com cada olho, assim! Até os galo e as galinha Não sabia De corre pra onde havia Tudo com medo de mim ah! Quando eu cheguei Dessa viagem, cá no rio Foi quando, logo se viu Que que eu vinha cá faze Eu fui chamado só pra Ser o presidente desta terra Desta gente, se o rei de vosmucês Logo o povo, muito amado Foi dizendo, o dote que Eu ia tendo O Pará, França, o Japão Um iscalé com doze remo E vinte peça Mas, acenei com a cabeça Dizendo: Não quero, não! Agora vorto pro Meu Ceará querido Se não fico homem perdido É melhor eu ir pra lá! Quero ir embora e hei De ir até a nado Se não fico avacalhado Como todo mundo está!