A tua imagem, Hercília Quando eu padeço no leito Na febre atroz da vigília Vem consolar o meu peito! Vem relembrar essa idade Em que passei a teu lado! E então, mais vibra a saudade Do inolvidável passado De nosso amor nada resta Mais que uma triste lembrança! A mão da morte, funesta Roubou-me toda a esperança! De teus carinhos privados Sem ter um riso, um conforto Padeço agora isolado Sou qual espectro de um morto! Por isso, na atroz vigília No ecúleo de acerba dor! A tua imagem, Hercília Recorda o tempo do amor! Ai! Dessa passada glória Que na saudade transluz Só resta a pedra marmórea E o vulto negro da cruz! Esta dor que nada acalma Que a tristeza, assim me inspira! Gera os temos de minh 'alma Nos soluços desta lira!