Nas cordas, já frouxas E débeis dest'harpa Por vezes intento Cantar-te a beleza Mas, tudo é debalde Que o peito me farpa Pungente acicate de Acerba tristeza! Se magos prelúdios Meu anjo, eu desfiro Que, meigos, se casem Com trovas de amor Dizendo o teu nome Desprendo um suspiro! Descaio em soluços Na clave da dor! Pois, como tu queres Que eu cante de amores Pairando nos céus Em que, alegre, te libras Se a mais acerada De todas as dores Do peito doroso Lacera-me as fibras? Tu choras se escutas Uns cantos vibrantes! Que os bardos felizes Só podem ferir! Mas, ficamos magoados Funéreos descantes Do bardo inditoso Não queres ouvir! Mas, se inda desejas Ouvir-me, ditoso Nos dúbios conventos Blandícias cantar Concede-me, ao menos Um riso enganoso Talvez, eu consiga Minh 'arpa afinar!