De onde vem essa paixão, Essa vontade de cantar,essa dor no coração? De onde vem essa agonia, Este soluço que transborda o peito e se faz poesia? Deve vir de lá do outro lado do meu coração, Onde dormem os violeiros,suas mágoas,sua paixão. Pode vir de muito longe, dos lugares onde andei, Das colinas orvalhadas, das mulheres que eu amei. Areei meus pensamentos, da cacimba banhei meu olhar, Bebi água limpa da fonte,fui lá no rezador me rezar. Não me fez curas, não me fez... Lá no alto da colina ondde o sol commeça a brilhar Lá no fundo da retina onde meu peito vai desaguar Suas mágoas Há um sândalo, há um tino laminado Que vem das minas, gerais.