Meu corpo serve a alma assim Como um garçom chinfrim Boêmio e marginal E o espírito que habita em mim Tornou-me um botequim Um empório emocional No estoque um arlequim Lágrimas de um carnaval ‘Miltões’, um tim, um tom jobim Um bide e um marçal Mil roseirais forram o jardim E o jardineiro enfim É mestre dorival Tem uma só de pizindim Que orlando deu pra mim Formosa e imortal O espelho de joão Na nogueira do quintal Reflete a dor da poesia de joão cabral Morte e vida Severinas, ritas De vila mimosa, de vila vintém Tem ainda aquela colombina E o pierrot, cacete!, não come ninguém Chão de estrelas tem também Num pedacinho do céu Carlinhos de Jesus Dançando um samba de ismael Na prateleira tem vadico E um samba tão bonito Dele e de noel Choros e valsas de horondino João pernambuco, meira e rafael Um fole de gonzagão Um canhoto e um radamés Um manoel da conceição Com abismo sob os pés Tem cecília, tem drummond, quintana Manuel bandeira, versos de moraes Tem procópio, tem bibi ferreira Já é alvorada E eu só quero paz Oh, meu corpo tão chinfrim Desça a porta do covil É hora de fechar o empório D’alma do brasil