Saudade de Mato Grosso Marilu Moura Me lembro os boiadeiros Lá no chão do Mato Grosso Conduzindo os pantaneiros Quando era mês de agosto Eu ficava na janela olhando no estradão Via linda primavera coberta por poeirão Estrada que era chão Hoje estão asfaltadas É feito por caminhão O transporte de boiada Não se vê carro de boi Nem charrete, nem carroça Aquele tempo que foi Deixou saudade da roça Hoje eu vivo tão distante Mas não sai do pensamento O repique de um berrante Que marcou os velhos tempos As vezes eu levantava 4 horas da manhã Em pouco tempo eu estava Chegando em Pontaporã Enfrentando as estradas E as curvas perigosas Levando carga pesada Naquelas manhas chuvosas Transportando algodão Também outros cereais Cortando o estradão interior de Goiás