Falou que eu pintasse o meu rosto e tirasse o roupão Mandou que eu bebesse o conhaque tremendo na mão Virou o espelho do armário pra cama onde se recostou E pôs outra dose mentindo que o doutor mandou Tirou dos meus pés os chinelos que eu uso no lar Me deu saltos de Cinderela, eu mal pude andar Pediu que eu ficasse de frente, depois que eu virasse de costas Eu fui a boneca de louça da feira de amostras Pegou o violão e cantou um vestido de organdi Numa noite de luar Assim, pelo céu, pelo mar, sobre nós, sobre o mundo E na introdução que ele fez pro Rancho fundo Senti que amava o moreno com toda a paixão Meu coração da Abolição Disse: Por ele cometes Cenas de sangue num bar lá do Baixo Leblon