Não te esqueças que eu sou dona dos teus olhos Faz favor de não espiar pra mais ninguém Esse azul cor de promessa dos teus olhos Faz qualquer cristão gostar de tu também Que nosso senhor perdoe os meus ciúmes Quando penso em cegar os olhos teus Pra que eu Somente eu seja teu guia Os olhos dos teus olhos A luz dos olhos teus Com certeza só não tendo coração Fazê tar judiação Você tá mangando di eu Com certeza só não tendo coração Fazê tar judiação Você tá mangando di eu Tudo em vorta é só beleza Céu de abril e a mata em frô Mas Assum Preto, cego dos óio, ai Num vendo a luz, ai, canta de dor Mas Assum Preto, cego dos óio, ai Num vendo a luz, ai, canta de dor Tarvez por ignorança Ou mardade das pió Furaro os óio do Assum Preto, ai Pra ele assim, ai, cantá mió Furaro os óio do Assum Preto, ai Pra ele assim, ai, cantá mió Assum Preto veve sorto Pois num pode avuá Mil vez a sina de uma gaiola Desde que o céu, ai, pudesse oiá Mil vez a sina de uma gaiola Desde que o céu, ai, pudesse oiá Assum Preto, o meu cantar É tão triste como o teu Também roubaram o meu amor, ai Que era a luz, ai, dos óios meus Também roubaram o meu amor, ai Que era a luz, ai, dos óios meus Ó, Santa Luzia Vós que preferistes deixar que vossos olhos fossem vazados e arrancados Antes de negar a fé e conspurcar vossa alma E Deus, com um milagre extraordinário Vos devolveu outros dois olhos sãos e perfeitos Para recompensar vossa virtude e vossa fé Vos constituiu protetora contra as doenças dos olhos Eu recorro a vós para que proteja a luz dos meus olhos Para que eu possa ver as belezas da criação O brilho do Sol, os coloridos das flores, o sorriso das crianças Ó, Santa Luzia protegeis também os olhos de minha alma