Tá por aí Sambando sobre o chão das pororocas O bloco que saiu de alguma toca Pra colorir a vida com a cor do urucum Baticum que ruge dos tambores e maracas Espanta a solidão e a jararaca Esperta e dar o bote Dá pra ouvir O agito no vapor de Altamira Que segue em frente enquanto a roda gira Na correnteza forte Nos seringais O uirapuru encanta como sempre faz E conta que o boto é só um rapaz Que ilude o coração da rapariga e nada mais O cururu namora sob as folhas do cupuaçu Que vai crescendo e seca até poder servir De cuia pro tucupi O curupira zanza a mata inteira Depois sobe pra ribeira E molha os pés nas águas dos igarapés Matinta Pereira acorda cedo Pra cantar junto com o vento E espalhar o medo Oxumaré tem tanta joia rara Que dá seus olhos de prata Pra enfeitar Iara E quando a noite vara a madrugada Se desfaz toda orvalhada Em manhãs tingidas de anil Só quem samba aqui é que entende Porque foi que Chico Mendes Amou esse Brasil Só quem samba aqui é que entende Porque foi que Chico Mendes Amou esse Brasil Tá por aí Sambando sobre o chão das pororocas O bloco que saiu de alguma toca Pra colorir a vida com a cor do urucum Baticum que ruge dos tambores e maracas Espanta a solidão e a jararaca Esperta e dar o bote Dá pra ouvir O agito no vapor de Altamira Que segue em frente enquanto a roda gira Na correnteza forte Nos seringais O uirapuru encanta como sempre faz E conta que o boto é só um rapaz Que ilude o coração da rapariga e nada mais O cururu namora sob as folhas do cupuaçu Que vai crescendo e seca até poder servir De cuia pro tucupi O curupira zanza a mata inteira Depois sobe pra ribeira E molha os pés nas águas dos igarapés Matinta Pereira acorda cedo Pra cantar junto com o vento E espalhar o medo Oxumaré tem tanta joia rara Que dá seus olhos de prata Pra enfeitar Iara E quando a noite vara a madrugada Se desfaz toda orvalhada Em manhãs tingidas de anil Só quem samba aqui é que entende Porque foi que Chico Mendes Amou esse Brasil Só quem samba aqui é que entende Porque foi que Chico Mendes Amou esse Brasil