Declaro encerrada Mais uma temporada De tempos secos ao Sol Em meio à tempestade Mais uma alvorada Aqui estamos a sós Eis uma nova história Que escrevo em tua boa Com a cor do meu batom E deixo registrado Em meu porta-retrato O que vivemos de bom Você me vira do avesso Te arremesso Contra a parede que está suja de giz Me viro e te perco E enlouqueço Penso, mas não te sequestro por um triz Porque eu não te pertenço Eu não te pertenço Conheço o teu limite Pra você não existe E ultrapassa o céu Um pássaro de fogo Que queima o próprio voo Com sua chama ao léu Seu canto para o tempo Forte, agudo e lento Em uma dança febril Aguardo o teu retorno Pousando em meu corpo Com seu encanto sutil Você me vira do avesso Te arremesso Contra a parede que está suja de giz Me viro e te perco E enlouqueço Penso, mas não te sequestro por um triz Porque eu não te pertenço Eu não te pertenço Você me vira do avesso Te arremesso Contra a parede que está suja de giz Me viro e te perco E enlouqueço Penso, mas não te sequestro por um triz Porque eu não te pertenço Eu não te pertenço