Não nasci no sertão nenhum, nonada! Mesmo assim quero merecer sertão Se roçado de algodão Nuca foi da minha alçada Trago aqui no coração A saudade da invernada Sendo assim piso a fulô no pó Mesmo que seja fulô em pó. Não cresci num verão mortal sem praia Nem desci com meu matulão na mão Das morenas do grotão Nem rocei barra da saia Mas em mim guardo a visão De um jagunço na tocaia. Quando então sou carcará sem dó Mesmo que só carcará em dó. No sertão choveu? sei não. Meu sertão sou eu e só. Valei-me meu joão O tronco do juremá! Valei-me meu joão No som do zé caxangá! Valei-me meu joão Sanfona e forrobodó! Valei-me meu joão Sertão não decantará!