De madrugada sempre a mesma coisa Sempre atrasado Acorda assustado com o galo que já cantou Pé na botina, café só na cantina Pois quem devia fazer com trouxa e tudo se arribou A condução como sempre é um castigo Um metro de língua pra fora Todo dia a mesma hora Quando chega já passou Coça a cabeça, lembra a cara do patrão Salário atrasado, os menino "pelado" Quer mudar de profissão Povão, parece formiga Enquanto descansa carrega pedra e não briga Povão, vive de teimoso Quer ganhar na loteria pra viver gostoso Felizmente, o coletivo chega De gente empencado Os mais "educado" se esfregando nas "mulhé" Sem saber o que se passa O ricaço do patrão lhe diz com a boca de jacaré: - Pelo jeito,o senhor dono da firma Dorme frouxo até meio-dia Atrasado todo dia Chega bem a hora que quer Vê se ajeita, servente cara de tacho Senão lhe mando embora Não pago o que lhe devo e 'inda lhe dou uns "ponta-pé" Trabalhando, o que ele ganha hoje Come no dia seguinte Parece um pedinte sem respeito da família Quisera um dia tivesse um governo sério Ia ter muita fartura e menos barriga vazia Chega em casa de noite cansado Sabendo que os vizinho tão sabendo Que ele deve pra Deus e todo mundo Vai pro boteco, toma uns "conhaque" Pra esquecer dos "baque", 'inda aparece Quem lhe chame cachaceiro e vagabundo Com muito custo comprou uns lote, Aí vendeu os lote apostando na sorte Pra amenizar o peso da cruz Pegou a caixinha, rapou tudo que tinha E apostou na avestruz!