Clareia, clareia A mata escura, eu não vejo Penteia, penteia As ondas do mar, num sussurro Clareia, clareia A mata escura, eu não vejo Penteia, penteia As ondas do mar, num sussurro O juriti, assobia Enquanto a cigarra se dana Buscando à risca, a cotia Prevendo o futuro, a cigana Um camarim sem ninguém Ficando ao acaso, reclama Chorando o abrigo perdido Desata no choro e te chama Clareia, clareia A mata escura, eu não vejo Penteia, penteia As ondas do mar, num sussurro Clareia, clareia A mata escura, eu não vejo Penteia, penteia As ondas do mar, num sussurro O vento roçando na areia Cantando o lamento, abraça A água do mar, que braveja Sem saber o por que da causa Não vejo além dos teus olhos Não sinto além do teu corpo Me mostra o destino certo Clareia meu caminho torto Clareia, clareia A mata escura, eu não vejo Penteia, penteia As ondas do mar, num sussurro Clareia, clareia A mata escura, eu não vejo Penteia, penteia As ondas do mar, num sussurro O homem que colhe, no bruto Aprende a espera da lida A mulher que doa o seu fruto Ensina os porquês da vida A minha estrada, na tua As poucos, deslaçando tudo As luz dos teus zóio, a lumiá Tua mão me guia no escuro Clareia, clareia A mata escura, eu não vejo Penteia, penteia As ondas do mar, num sussurro Clareia, clareia A mata escura, eu não vejo Penteia, penteia As ondas do mar, num sussurro