Trago as minhas mãos abertas Os meus dedos são dez setas Visando o teu coração Dizem-me as horas que sim Tudo tem princípio e fim Eu acredito que não Trago as minhas mãos abertas Duas montanhas desertas Dois oceanos vazios Já cansei de te alcançar Já rasguei por dento o mar Já sequei todos os rios Trago as minhas mãos abertas Nas madrugadas desertas Quando acordo e não te vejo Rosas de fogo na cama Acendem por dentro a chama Da saudade e do desejo