Vamos chamar o vento Vamos chamar o vento Vamos chamar o vento Vamos chamar o vento "É vista quando há vento e grande vaga Ela faz um ninho no rolar da fúria e voa firme e certa como bala As suas asas empresta à tempestade Quando os leões do mar rugem nas grutas, Sobre os abismos, passa e vai em frente Ela não busca a rocha, o cabo, o cais Mas faz da insegurança a sua força e do risco de morrer, seu alimento Por isso me parece imagem justa Para quem vive e canta no mau tempo" O raio de Iansã sou eu Cegando o aço das armas de quem guerreia E o vento de Iansã também sou eu E Santa Bárbara é santa que me clareia (2x) A minha voz é o vento de maio Cruzando os ares, os mares, o chão Meu olhar tem a força do raio que vem de dentro do meu coração O raio de Iansã sou eu Cegando o aço das armas de quem guerreia E o vento de Iansã também sou eu E Santa Bárbara é santa que me clareia Eu não conheço rajada de vento mais poderosa que a minha paixão Quando o amor relampeia aqui dentro, vira um corisco esse meu coração Eu sou a casa do raio e do vento Por onde eu passo é zunido, é clarão Porque Iansã, desde o meu nascimento, tornou-se a dona do meu coração O raio de Iansã sou eu... Sem ela não se anda Ela é a menina dos olhos de Oxum Flecha que mira o Sol Oyá de mim.