Um sarau Na rua Itapirú Em casa das Novaes O calor está abrasador E tem gente demais Mas tome polca Num sofá A dona Jacintinha Faz bola de papel E na janela de papelotes A Berenice namorisca Um curriel À reclamar silêncio Surge o seu Fulgêncio Um de bom comendador Sim, porque nesta altura Chega o padre cura Com o corregedor Entra o Souza Que vem pisando em ovos Com as botas de verniz Enquanto a esposa De olhos em alvo Fica torcendo Os cabelinhos do nariz Por traz de uma cortina Vê-se a Minervina Que é mais preta Que um tição E diz entre risadas Quebra dona Alice Quebra seu Beltrão Atenção acordes na Dalila Seu Gil vai recitar Formam roda E o moço encalistrado Começa a gaguejar Tem um chá Bolinhos de polvilho E outros triviais São onze oras Apague o gás E assim termina O bailarico das Novaes E tome polca