Tomei o trem dos condenados Que sempre partiu bastante adiantado Quase uma vida inteira na frente Do tem dos comportados Tomei o trem dos esquecidos Pela sorte grande nunca alcançada Mas que nunca dançaram Conforme a música dos aplausos Lá fora o luar continua E as pessoas também continuam Esperando a morte das coisas Só pra poder toca-las sem medo Enquanto canta o mestre do vagão Joaquim de Sousândrade Ali adiante da escuridão Tomei o trem dos condenados Que corre sempre e sempre a toda hora Por dentro do túnel do tempo E nos subterrâneos da história Em direção ao futuro vou indo Nesse trem que avança ligeiro e bem certo Sem chegar á nenhum estação de rádio Sem fazer nenhuma parada de sucesso