Reverter em fato novo tudo aquilo que aprendi Dos dias turvos que vivi Como criança que percebe a dor ao por a mão no fogo E então daí vai descobrir A lógica certa, a estrada reta, a cor do amor A densa forma e as linhas tortas do criador Retornar à verve forte que o autor quer sempre à fronte Sensato, ébrio, ou como for Descalçar os pés ao norte com destino a casa forte Desde cedo ele sonhou Com larga relva, portas abertas O Sol, sua cor E o rosto dela, feliz e bela, em esplendor Não é hora de questionar O tempo fecha em terra firme Dê sua mão, vamos enfrentar Este é o preço de estar livre Ouça o vento devastar as rosas do seu lar E nos cobrir com as suas fuligens Outra prova pra passar é que me faz lembrar Dos meus momentos mais felizes Eu fiz um barco a vapor Sonhei que estava em seu calor Subi ao longo do caminho só Senti o perfume de patchuli Agora estou tão calmo, agora estou tão bem E ao lembrar do passado só lembro o que fez bem Ouça o trovão espaçar e o silêncio chegar Enquanto as nuvens vão se abrindo Veja a terra devastada e as portas destruídas E nós vamos reconstruindo Ouça o sim, a paz e o fim Ouça o sim, a nós, a mim