Solidão e frio Nesse quarto tão vazio O silêncio vai se juntando à escuridão Lágrima que cai Inundando a dor em vão Chuva vai levar Os meus passos pelo chão O meu olhar parece Que me leva ao precipício É o início do fim Tão certo quanto o amor Que eu levo por ti É o espinho da flôr Que na carne senti Vejo o mundo em ti Tua saliva é o mar A estrela o olhar O teu corpo é meu chão Como navegar? Como andar sem te tocar? Como existir sem ter forças pra sonhar? A sua mão me leva Longe desse sacrifício É o início em mim Se posso navegar Não vai ser triste o fim Vou poder caminhar Longe da solidão...