Um menino na porteira, Muito triste me avisou, Não vá adiante, Me escute por favor. Cuidado seu moço, Não vá ultrapassar, Este é o limite, É melhor voltar. Lhe joguei uma moeda, E sai apressado, Nem me preocupei, Com o final do seu recado. Galopei um bom tempo, Querendo logo chegar, Quando olhei pra cima, Senti o sangue gelar. Um olhar profundo, Boca a espumar, Era um touro bravo, Pronto a me matar. Eis que neste instante, um Berrante tocou, e um brilho Prateado o touro assustou. Ao me levantar, Qual a minha surpresa, Ao meu lado, O menino da porteira. Olhei a minha mão, aí que Reparei, o brilho que eu vi, Era da moeda que lhe dei. Sem muito entender, Quis lhe perguntar, O menino chorando, Começou a falar. Olha aqui seu moço, Esta é a minha missão, Quem por aqui passar, Tem a minha proteção. Lhe joguei a moeda, Novamente agradecido, Quando olhei pra trás, O menino tinha sumido.