Manuscritos de um poeta da dor Guardados de um diário do passado Em forma de prosas e versos Apenas como um corredor solitário Havia um céu azul muito diferente Por uma voz doce e inocente Descendo o caminho daquele trem Em um sonho de menino Mas aquela chance perdida Pela roda do tempo invisível Descortinou um tesouro escondido No lago dos sonhos possíveis A realidade desenha um quadro Atravessando a fronteira E quando o coração chora O sonho escreve uma nova canção E a vida continua Pois, às vezes, precisamos do pôr do Sol Para iniciarmos um novo dia E quando vier a primavera Fazendo aquele tempo agora tão distante Colocarei todos os sonhos numa peneira Sobrando, na longa caminhada, uma flecha partida Setenta Nos acordes da memória Que o poeta escreve Em oito anos de história