Cigano é o destino Traçado em minha mão (Traçado em minha mão) Destino redemoinho É pedra do caminho É flor e é espinho Jogo do sim, do não É rio, é correnteza Que me arrasta a vida Alegre e sofrida Sem rumo, sem direção Saudade é dor; não mata Mas, que maltrata, sim (Mas, que maltrata,sim) É marca de um passado Que ficou presente Quanto mais distante Mais dentro de mim É espinho da lembrança Cravado em meu peito É cinza de fogueira Que ainda arde em mim Êita, saudade! É má companheira A tal da solidão É não saber direito Se o vão do peito É largo ou é estreito Para o coração E o mundo fica oco Apertado e pouco É ficar sozinho No meio da multidão O que não tem remédio Remediado está (Remediado está) A vida faz sentido E disto não duvido O que não tem consolo O consolo é chorar Chorar não vale a pena Por uma coisa a toa Vem pra cá morena Pra gente se alegrar Porque sofrer não rima Com felicidade Vem pra cá menina Matar a saudade Pra que a solidão? Matar a saudade. Pra que a solidão? Matar a saudade. Tange a solidão. Matar a saudade. Vem cá, morena!