Cheguei ao meio da vida já cansado De tanto caminhar já me perdi Num estranho país que nunca vi, Sou neste mundo imenso o exilado Tanto tenho aprendido e não sei nada E as torres de marfim que construí Em trágica loucura as destruí Por minhas próprias mãos de malfadado Se eu sempre fui assim esse mar morto, Mar sem marés, sem vagas e sem portos Onde velas de sonhos se rasgaram Caravelas douradas a bailar Ai quem me dera as que eu deitei ao mar As que lancei à vida e não voltaram, não voltaram...