A noite vem pousando devagar Sobre a terra que inunda de amargura… E nem sequer a bênção do luar A quis tornar divinamente pura… Ninguém vem atrás dela a acompanhar A sua dor que é cheia de tortura… E eu ouço a noite imensa soluçar! E eu ouço soluçar a noite escura! Por que é assim tão ´scura, assim tão triste?! É que, talvez, ó noite, em ti existe Uma saudade igual à que eu contenho! Saudade que eu nem sei donde me vem… Talvez de ti, ó noite!… Ou de ninguém!… Que eu nunca sei quem sou, nem o que tenho!