Vou me esconder Você viu o meu avesso E hoje teço teias Pra bem longe das paredes que te cercam Por mais que o acaso me leve a teus braços Hoje eu sigo outros passos Ali nunca foi tão lá Aqui nunca foi tão mar, tão neve Em mim nunca foi tão ar, tão leve Vento leva tudo em breve O olho na fresta da porta aberta Aperta, sufoca Mas quem se importa desde que não veja Mais fácil viver nessa crença Já prova a ciência O que os olhos não vêem O coração também deseja E esse vai ser nosso trato Os pedaços de mim quebrados Hão de ser restaurados por ti Eu hei de tirar suas luvas Te banhar de uvas E beber seu vinho Sozinho