Milonga tu é minha parceira Por ser a primeira do canto campeiro Milonga dona da estrada Lombrando alvorada do chão missioneiro Milonga num tiro de laço Tem a força no braço Na mão do peão Milonga que estende o baixeiro Sobre o caborteiro pelo meu rincão Milonga que sai da fumaça E se entrelaça meu violão Milonga que encontra sossego Junto aos meus pelegos Ao pé do fogo de chão Por isso quando ressona No meu peito a tua voz Parece até que entendes O dueto que há em nós Milonga que para rodeios Por ter o anseio de doma e tropeada Milonga de campo e floreio Que atiça o braseiro pelas madrugadas Milonga que encilha a preceito Por ter esse jeito de peão domador Milonga espora de aço Que marca o compasso na voz do campo Milonga que sai da fumaça E se entrelaça meu violão Milonga que encontra sossego Junto aos meus pelegos Ao pé do fogo de chão