Vim a uma terra distante Mas que é tão perto de mim Onde, eu sei: Já vivi antes Foi meu princípio e meu fim Rios que dividem dois mundos Pedras que viram meus passos Cantos de um tempo profundo Razões dos versos que eu faço Rio Ebro, padre Ibero, eternamente Deste um nome aos caminhos desta terra De mãe índia, mas também teu afluente No meu sangue há um rio chamado Ibéria Sei de vales e montanhas Lugares perdidos no tempo Ainda nem eras Espanha Só reinos de pedra e vento E quando, às vezes, te penso Cruzo outra vez teus sendeiros Fui pastor dos teus silêncios Só bem depois marinheiro