Roda a carreta, é o destino Andar por anos a fio A pátria ainda é um menino Brincando à beira de um rio Depois virão as fronteiras Marcando a sangue esta terra Trezentos anos na poeira Da história de tantas guerras Range a carreta do tempo Singrando a pampa sem fim Seu canto antigo é um lamento Que eu trago ponteando em mim Certo, canhada, recuerdos De secas, cheias, geadas O mundo tranqueia tão lento No mesmo andar da boiada Ferro, madeira, silêncio Do tempo que tudo acalma Carreta, estrada, é o vento Três pátrias dentro da alma