De um caboclo franzino e pequeno É a história que eu vou contar Foi levado pra delegacia Conduzido para declarar Os crimes que tinha praticado Sem ter tempo sequer de pensar Sua roupa estava rasgada As costas marcadas, tristeza no olhar Sua infância foi de sofrimento Trabalhando não pode estudar No Natal não ganhava presentes Pois seus pais não podiam comprar O alimento tirava da enxada Os conselhos da prosa ao luar Se soubesse do futuro ingrato Pro rancho do mato iria voltar Seu destino mudou de repente Veja só como lhe aconteceu Já cansado da vida sofrida Com a quadrilha ele se envolveu Foi assaltar um banco na praça A polícia chegou e prendeu Pro juiz ele foi conduzido Chorou arrependido do que cometeu E pensar que o mundo é ingrato Ele vê sua vida acabar Poderia ter sido mais branda A sentença que veio pegar Vinte anos de vida nas grades Condenado vai ter que pagar Hoje ele carrega uma cruz Pedindo a Jesus pra lhe perdoar