Eu não sou daqui Eu sou extra-terrestre Me disse uma garota sorridente Que conheci aqui na frente de casa E eu não pude acreditar Ela então se transformou numa serpente E eu pedi batendo os dentes Não precisa mais demonstrar Doce monstrinha A gente conversou incandescentes assuntos Como a nova ponte aérea Via-Láctea/Andrômeda Ela veio de carona de lá Numa espaçonave protótipo intergalática Perguntei se sua forma original é mesmo a de garota Se havia uma outra não queria nem ver Me disse que a matéria é invenção dos sentidos de vocês As coisas nunca são como parecem ser Disse seu nome: Perípeta Janga Praxé Hein? Perípeta Janga Praxé! Ela sonha conhecer o cosmos todo Me falou: No teu outono vou cruzar as plêiades Quis saber se eu tinha ido n’algum outro planeta Envergonhado disse não conhecer Sequer um pequeno cometa Senti um calafrio no estômago Oh, deus, até que ponto vou assimilar tudo que disse e ouvi Comecei a gargalhar nervosamente Quando pude controlar-me Já não tinha mais ninguém junto comigo Corri pra todo lado Perípeta Janga Praxé! Perípeta Janga Praxé! Onde está você???