Temo que isto tudo seja um álibi E a vida toda um grande álibi Eu não estava presente Você não estava lá Quando a espada que sente Quis o coração deslizar Agora neste mundo de homens álibi A vida assassinada por seus álibis A vida passa na frente Você se volta pra trás Ela se faz tão somente Você disfarça e sai Por trás deste culto de atos álibis Existe um medo oculto Um insensato ardil Acreditamos doentes O dia feliz chegará Mas este dia é o presente De onde escapa o olhar Eu não te culpo Eu também tenho álibis Fazemos quase tudo E quase nada vale E a roda gira ausente E as coisas trocam lugar Mas nas entranhas da gente Tudo ficou como está Mas hoje não são muros mais meus álibis Porque aos poucos desconstruo E me descubro sem Feita de fogo é a vertente E inversa é a mente do olhar Quando enxergo em deleite Aquilo que a vida há