Nem sei por conta de quando a lua acenou pra mim que o olho da noite é branco e a boca do sol é carmim. Eu vim, eu vim, montado no rabo da arraia. Não carece virar dia, maninha, pra gente se banhar na praia. O clarão que faz no mar, o olhar do bem-querer brilha só pra disfarçar o fogo de quem te vê. Pelo fundo dos teus olhos, enxerguei meu coração que viajou pelos poros, pelos dedos da tua mão, clareando a cor da vida, maninha, que nem neve e algodão. Branquinha, branquinha, branquinha, do amor alvinha, caiada de lírio branco, de riso franco, flor cristalina.