O amor se constrói com as diferenças, nem tudo é tudo que se pensa, nem tudo que sorriu compensa, nem tudo que chorou separa. O amor se agita na dormência, o amor dormindo não se abala, nem tudo nada em recompensa, nem tudo que cola repara. O amor só serve imperfeito, daquele que, sangrando, sara. Amor que traz rancor no peito é feito agiota e metralha. O amor se toca na cadência, o amor cadente nos engata num sonho de sonho vidente de vida indecente e pacata. O amor, às vezes, fica mudo, o amor, quando tá mudo, fala, o amor se enrola na presença, o amor ausente se embala. Eu curto você, eu corto você, pois você é cara. Se vê de coroa e todo o prazer fugir de bengala.