O pescador quer beber Vai beber no Guajará Vento no bote, força no remo Canto de atravessar O pescador quer beber Vai beber no Guajará Vento no bote, força no remo Canto de atravessar Sentir a força do vento que vem do norte Levantei peguei o bote Naveguei pra Gapuiá Tava tão forte quase que virou o bote Essa maré tava de morte Fez bote rodopiar Virei a proa pro rumo de São José Pra não pegar contra maré Pra ver se dava pra chegar Num assovio forte na direção do vento No bate e rebate o remo O boto vem pra me saldar O pescador quer beber Vai beber no Guajará Vento no bote, força no remo Canto de atravessar O pescador quer beber Vai beber no Guajará Vento no bote, força no remo Canto de atravessar Tá lá no céu uma estrela que me guia Troco a noite pelo dia Sem medo de velejar Bota esse barco de encontro a maresia água fria, chuva fina Uma cachaça do Pará Virei a proa pro rumo de São José Pra não pegar contra maré Pra ver se dava pra chegar Cheiro de peixe pitiú olho de boto Barco que dorme no porto De costa pro Guajará O pescador quer beber Vai beber no Guajará Vento no bote, força no remo Canto de atravessar O pescador quer beber Vai beber no Guajará Vento no bote, força no remo Canto de atravessar Vem morena, vem de Canapijó Vem mostrar para gente como é o Carimbó Quero te ver morena, quero que venha só pra passar Tipití e dançar o Carimbó O pescador quer beber Vai beber no Guajará Vento no bote, força no remo Canto de atravessar O pescador quer beber Vai beber no Guajará Vento no bote, força no remo Canto de atravessar O pescador quer beber Vai be-ber no Gua-já-rá