Quem dera uma janela neste quarto frio e cinza Por onde o vento assobiasse um sonho e esperança Quiçá, neste quadrado de estranheza O Sol aqueça o afeto da gente! Tomara uma chuva para pintar prédios e campos Que sangre as barragens do sertão e consciência Oxalá, terra de todos O pão nosso cada dia e o mesmo Deus Abram as cortinas para entrar O pólen, o vento, o Sol e o ar Que todas as gentes se deixem banhar De empatia e ternura Ó, abram alas para passar Seja quem for, de outro lugar Sejamos iguais no direito e valor No dever e no amor!