Marcio Cardoso

José e Nicodemos

Marcio Cardoso


Vai ao palácio José de Arimateia
Pede a Pilatos o corpo de Jesus
Pois tem guardado um lugar no seu jardim
Para sepultar aquele homem que só fez o bem

Compra lençóis de linho branco do melhor José
Naquela loja de onde um dia viu Jesus
E ao perceber o seu amor gratuito e bom
Seu coração se afeiçoou a ele como a um irmão

Desce o corpo de Jesus da cruz
Com a ajuda de alguns José
Tira os cravos e a coroa
E o enrola no lençol de linho branco

Chega perto Nicodemos
Que traz mirra e aloés
Ele esteve um dia com Jesus
E foi como nascer de novo, ele diz

Veja, José, essas mãos ensanguentadas
Curaram tanta gente
Tocaram corações
E repartiram pão e vinho

Sim, Nicodemos, irmão. E onde pisaram
E andaram esses pés
Anunciando a paz
Com gestos de afeto e dó!

O que esses olhos viram em nós, José?
Nicodemos, foi amor!

Passa, José
Em seus cabelos aloés
Jamais vou esquecer
De Jesus de Nazaré

Passa mais, José
Nesses cabelos aloés
Jamais vou esquecer
De Jesus de Nazaré

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