Desconfio que entre nós A ponte esteja a ruir Aquela que, já frágil Descuidamos dos nós Mal eu posso dizer Quando a fenda se abriu Talvez se memorar A razão seja risível E a pele já inflama A alma se arrepia O amor que adoece A cortina desce Mas eu não saberia perder você Sequer eu saberia ser A história de nós dois Eu contaria devagar Com lábios reverentes E o seu corpo no meu Onde tudo começou Eu poderia até dizer Se a gente recordar Quem sabe o que vai ser? E a porta já emperra Os olhos se estranham O toque se esquece Afetos envelhecem Mas eu não saberia perder você Sequer eu saberia ser