Queriam um messias polido, um Cristo marqueteiro, amante da política Faziam ideia do ungido com armas e cavalos e grandes exércitos Sonhavam mudar de oprimido para a classe opressora em nome de Deus Dormiam com a esperança de ver com cetro de fogo a salvação do seu povo E ele veio humilde, servo sofredor Pensavam um rei num palácio, origem majestosa, ofício mais digno Um mestre fazedor de milagres Que ganha os corações com sinais e prodígios Um Deus que facilita a vida, que barganha favores em troca da fé Criaram na mente um monarca que trata seus servos como peças de um jogo Veio um menino lá de Nazaré, Jesus Jesus de rosto simples, carpinteiro galileu O Deus que se fez gente, por amor se encolheu Andava pelas ruas Sua glória misturou com pó Jesus, com uma presença modesta e sutil Ao invés do braço forte, os gestos escolheu Mostrou à raça humana A exata expressão de Deus