Não sei de notícias, nem de crimes ou delícias Que te toquem o coração, nem sinal, nem frisson Não vejo olhar de espanto, nem frio na barriga Enquanto eu canto a solidão do ateu e do cristão É a vida perdendo o sal, doce deixando a vida Sangue de cristal líquido nesse olhar de platina Capitulamos mais esse dia e como há dias por vir Você verá da janela do trem O futuro exterminar o cinema onde você já chorou um dia: Singing in the rain... Crises totais, falanges notívagas vagam sem rumo Sem dor, sem assunto, sem deuses, sem vida Pensei te falar há tempos, então ficou só no pensamento Eu não falei de nada pra você Só pirâmides do Egito, os Vedas e os monólitos de Stanley Kubrick: Odisseia final Você não é só um detalhe, nem é capa de revista É só esse véu nos olhos, tire e mire o céu