Marcinho Moreira

A Casa Azul da Luz Marche

Marcinho Moreira


Dona Zica
(Opa pera lá, não é a mesma do Cartola...)
É outra senhora do subúrbio carioca
Especialista na arte das fofocas
Palavras cruzadas, Agnaldo Rayol e biscoito água e sal
(Uma senhora tão normal)
Até na aparência, tipo a vovozinha do menu do lobo mau
(A pururuca até que fica legal ...)
Nasceu em 40
Mas aparenta bem mais carnavais
(Devido às rugas faciais...)
Tentou ser chacréte
Mas uma tal de Rita deixou ela pra trás
Na era Kubitschek perdeu tudo o que tinha
Sua moral e economias
E com uma voz amargurada, ímpar e determinada
Decretou a profecia:
(A partir desta data minha cachanga recatada, simples, humilde e baqueada, mal acabada, faltando tudo, só no chapisco e mais nada..... é uma casa de orgia...)
A casa azul ficava a duas quadras de Santa Tereza
(Mas que beleza...)
As 18 horas e 30 minutos a luz marche já estava acesa
(E o banquete está na mesa)
A “machaiada” parecia ferro velho atraído por um imã
Da faixa etária dos 18 aos 70, tinha só uns 70 na casa das primas
(Prima é uma desculpa secundária ora primária, a uma suposta visita arbitrária a um membro de família)
Prima que nada
É orgia escancarada e o pessoal se divertindo
E uma senhora que chorou tantas pitangas
Que hoje soltou a franga no roteiro do destino
(As senhoras diziam reservadas ao intuito do caráter feminino: Meu Deus que abuso que Desatino..
Eu digo Calma minha senhora é só uma casa de entretenimento masculino)