Casa clara e caiada, céu borrando na entrada Azul de qualquer credo, cedo o sol queimando as almas Santo, santo, santo, um tal João, um Preto Velho Um milagreiro, um apaziguador, um certo Camargo Um santo, um certo João Santo, santo, santo É um de ofício, outro de espanto Um santo amigo, outro nem tanto Um santo, um certo João, certo João Milagres que se colam nas paredes Outros calam tantas sedes d'alma Onde não é sempre larga E clara a explicação De calo amargo, um pobre olhar ausente Busca em meio a tantas seitas diferentes Fé, certeza, alívio, amor e encontra Um Camargo redentor, redentor Santo, santo, santo Um tal João, um preto velho Um milagreiro, uma paz igual a dor Um certo Camargo eu canto Um certo João Santo, santo, santo É um de ofício, outro de espanto Um santo amigo, outro nem tanto Um santo, um certo João Certo João