Mestre o mar se revolta, as ondas nos dão pavor. O céu se reveste de trevas não temos um salvador. Não se te dá que morramos? podes assim dormir? Se a cada momento nós vemos, sim prestes a submergir. As ondas atendem ao meu mandar: sossegai! Seja o encapelado mar, A ira dos homens, o gênio do mar. Tais águas não podem a nau tragar. Que leva o senhor rei dos céus e mar. Pois todos ouvem ao meu mandar: sossegai, sossegai! Convosco estou para vos salvar: sim, sossegai! Mestre na minha tristeza estou quase a sucumbir, A dor que perturba minha alma, eu peço-te, vem banir. Das ondas do mal que encobrem, quem me fará sair? Pereço sem ti, ó meu mestre, vem logo, vem me acudir. Mestre chegou a bonança, em paz eis o céu e mar. O meu coração goza calma que não poderá findar. Fica comigo, ó meu mestre, dono da terra e céu, E assim chegarei bem seguro ao porto, destino meu.