Quando batem os tambores Vem a força de lá É um beijo à flor da pele negra Neste canto de amor ôô Sinta o axé da minha Beija-Flor Griô, testemunha do tempo Senhor que me conta histórias E me guiou... Sou criança e vou falar com a Beija-Flor No livro da memória Que germinou ao som dos tambores E floresceu frondosa e sagrada Foi o sábio que me ensinou A amar com a força da natureza Verde mãe terra do criador A raça vem do povo lá da costa da Guiné Nobreza dos ancestrais Na África guerreira tem batuque e fé Magia dos rituais Disse que o branco Na sede do ouro Sangrou nossa gente Um mar de cobiça e escravidão Fincando bandeiras Mas a luta plantou a semente Da resistência e libertação Falou que um dia Jóia da coroa Mostramos ao mundo nosso jeito de sobreviver Brilha nação tão verdadeira Marca na história A vontade de vencer Brasil e Guiné Equatorial Um só ideal, o laço é de amizade Na construção da superação em comunidade